BIOLOGIA

Plantas cultivadas no centro de recepção de visitantes de Xingó






ANGICO
Regiões de existência: Nordeste, Centro-oeste, Sudeste.
Nomes Populares: angico vermelho, angico, angico bravo, angico preto, etc.
Classificação taxonômica:
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Características morfofisiológicas:
Altura de 13-20 m, com tronco de 40-60 cm de diâmetro. Casca áspera coberta de acúleos; no entanto, alguns indivíduos apresentam casca mais lisa.Os acúleos concentram-se no fuste, mas ocorrem também nos galhos mais grossos.Folhas alternas m espiral, compostas bipinadas, com 42-48 pinas opostas e numerosos foliólulos diminutos, oblongos, de base assimétrica.A principal característica para fácil identificação é a presença, na base da folha e nos últimos pares de pinas, de nectários estraflorais, em forma de escudo.Ramos terminais cobertos de lenticelas aparecem também no fuste da planta jovem.
Utilidades:
A madeira de ANGICO-PRETO por ser muito pesada, de elevada resistência mecânica e de alta durabilidade, é indicada para construção de estruturas externas, como estacas, esteios, postes, mourões, dormentes, cruzetas, madeiramento de currais, obtenção de folhas faqueadas para lambrís, peças torneadas, móveis; construção civil, como vigas, caibros, ripas, marcos de portas e janelas, tacos e tábuas para assoalhos, réguas para medir madeira serrada etc.
A casca é rica em tanino, tendo sida largamente utilizadas pelos cartumes.Floresce exuberantemente todos os anos, o que se torna muito ornamental e própria para arborização de parques e praças.Apresenta rápido crescimento, podendo ser aproveitada com sucesso para reflorestamento de áreas degradadas de preservação permanente juntamente com outras espécies de nossa flora.



BARRIGUDA
Regiões de existência: principalmente na caatinga dos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, e na mata atlântica dos brejos em serras nordestinas e de Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Nomes populares: sumaúma, barriguda, paina-de-seda, paineira-branca, paineira-rosa, árvore-de-paina
Classificação taxonômica:
Reino: Plantae
Filo: Malvales
Classe: Magnoliopsida
Características morfofisiológicas:
Árvore de 6-18 m de altura, com copa ampla e bastante ramificada, de tronco intumescido com mais de 1 m de diâmetro;
Casca cinza-claro, lisa e dotada de grande número de acúleos cônicos e rígidos de até 5 cm de comprimento;
Folhas compostas palmadas, com 4-7 folíolos (geralmente 5), sobre pecíolos ligeiramente dilatados no ápice e na base;
Flores brancas, de 1-3 por nó, em inflorescências terminais;
Frutos do tipo cápsula elipsóide, deiscente, glabra, coriácea, contendo muitas sementes pequenas,cada uma de 6 mm, marrom-escuras, redondas, envoltas por pêlos finíssimos, com consistência sedosa, que ajudam na dispersão das mesmas.
Utilidades:
Madeira empregada em caixotaria;
Casca usada na medicina caseira contra inflamação do fígado e para tratar hérnias;
Planta ornamental, principalmente por causa de sua floração, servindo para arborizar praças e no paisagismo urbano;
Pode ser usada para enriquecer capoeiras e vegetação empobrecida e na segunda fase de recomposição florestal de áreas degradadas;
Os pêlos que envolvem as sementes (chamados popularmente de "lã de barriguda") são empregados no enchimento de almofadas, travesseiros, colchões, selas e estofamento de móveis;
Nas estradas vicinais do Nordeste brasileiro, pode ser usada como cerca viva.



IPÊ-ROXO
Regiões de existência: Sul, Sudeste, Nordeste (Bahia)
Nomes populares: Ipê-roxo, ipê-rosa, pau-d'arco, ipê-una, ipê-roxo-da-mata, ipê-mirim,etc.

Classificação taxonômica:
Reino: Plantae
Filo: Lamiales
Classe: Magnoliopsida
Características morfofisiológicas:
Madeira muito pesada, impermeável, resistente ao ataque de organismos xilófagos e muito dura ao corte, cerne pardo acastanhado ou pardo-alva-claro, geralmente uniforme, às vezes com reflexos esverdeados, textura fina a média, uniforme, grã direita ou revessa, superfície pouco lustrosa e medianamente lisa ao tato; cheiro e gosto imperceptíveis. Sua madeira apresenta grande durabilidade, sendo muito utilizada na construção civil.
É uma espécie largamente empregada no paisagismo em geral, pela beleza de suas inflorescências arroxeadas que surgem nos meses de julho a setembro. É uma espécie ameaçada de extinção devido à intensa procura por sua casca, que é considerada pela medicina popular como anticancerígena, anti-reumática e anti-anêmica. Há vários tipos de ipê, que podem ser diferenciados pela folhas.
Utilidades:
A madeira do ipê-roxo, por ser muito pesada e de propriedades mecânicas altas, pode ser usada para acabamentos internos; artigos de esportes, como bolas de bocha e boliche, cabos de ferramentas e implementos agrícolas, construções externas, como estruturas, dormentes, cruzetas, esquadrias, lambris, peças torneadas, tacos e tábuas para assoalhos, vagões, carrocerias e instrumentos musicais, degraus de escada, arcos e flechas etc.





UMBUZEIRO

Regiões de existência: semi-árida do Nordeste
Nomes populares: umbuzeiro ou imbuzeiro
Classificação taxonômica:
Reino: Plantae
Filo: Sapindales
Classe: Magnoliopsida
Características morfofisiológicas:
Forma biológica e estacionalidade: é arbórea (arvoreta), de caráter decíduo. As árvores maiores atingem dimensões próximas a 8 m de altura e 40 cm de DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30 m do solo), na idade adulta.
Tronco: é curto, atrofiado, retorcido e deliqüescente;
Ramificação: é cimosa. A copa é característica, baixa, ampla e arredondada, com cerca de 10 m de diâmetro. Os ramos são longos, sendo os inferiores horizontais e emaranhados, às vezes pêndulos, chegando a tocar o solo;
Casca: com espessura de até 3,2 cm (LIMA, 1982). A casca externa é cinza, com ritidoma desprendendo-se em placas sub-retangulares;
Folhas: são compostas, alternas, imparipinadas, glabras quando adultas, com folíolos ovalados;
Inflorescências: apresentam-se em panículas terminais, medindo de 10 cm a 15 cm de comprimento;
Flores: são pequenas, alvacentas, aromáticas de cheiro enjoativo e pouco vistosas;
Fruto: é uma drupa ovóide, carnosa, verde-amarelada, de polpa doce e aromática, medindo de 12 cm a 15 cm e pesando 10 g a 20 g, com um caroço no centro;
Semente: o caroço, que é de tamanho variado (em torno de 2 cm), contém a semente propriamente dita e é muito resistente, formado por três camadas, com orifícios por onde penetra a água e sai o broto, no processo germinativo.
Utilidades:
Raiz - Batata, túbera ou xilopódio é sumarenta, de sabor doce, agradável e comestível; sacia a fome do sertanejo na época seca, criminosamente é arrancada e transformada em doce - doce-de-cafofa. A água da batata é utilizada em medicina caseira como vermífugo e anti-diarréica. Ainda, da raiz seca, extrai-se farinha comestível.
Folhas - Verdes e frescas, são consumidas por animais domésticos (bovinos, caprinos, ovinos) e por animais silvestres (veados, cagados, outros); ainda frescas ou refogadas compõem saladas utilizadas na alimentação do homem.
Fruto - O umbu ou imbu é sumarento, agridoce e quando maduro, sua polpa é quase líquida. É consumido ao natural fresco - chupado quando maduro ou comido quando "de vez" - ou ao natural sob forma de refrescos, sucos, sorvete, misturado a bebida (em batidas) ou misturado ao leite (em umbuzadas). Industrializado o fruto apresenta-se sob forma de sucos engarrafados, de doces, de geléias, de vinho, de vinagre, de acetona, de concentrado para sorvete, polpa para sucos, ameixa (fruto seco ao sol). O fruto fresco ainda é forragem para animais.



MULUNGU
Regiões de existência: margens dos rios entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina, e região nordeste do país.

Nomes populares: mulungu, canivete, corticeira, corticeira-do-banhado e eritrina.
Classificação taxonômica:
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Características morfofisiológicas:
 Árvore excelsa, com o tronco e ramos aculeados. Folhas trifoliadas, com grandes folíolos ovais e coriáceos. Flores cor de laranja, variando para o vermelho, em racemos axilares.
Utilidades:
Madeireiro
Empregada na confecção de cochos, gamelas, tamancos, jangadas, brinquedos, caixotaria, bóias, paus de jangada, balsa, faca de cortar papel, moderação, molduras, cavaletes pata natação e mourões de cerca, esta última aplicação pela facilidade do seu plantio por estacas.
Medicinal
A casca é utilizada contra asma, bronquite, coqueluche, verminoses, hemorróidas e abscessos da gengiva. Também é calmante e sedativa. O fruto seco é indicado como odontológico e o suco tem ação purgativa e diurética. Sua raiz, em decoração, é sudorífera.
Ornamental
A árvore é extremamente ornamental, devido a suas flores. É usada para cercas vivas, grupos vegetais arquitetônicos de ruas e avenidas. Como planta de cerca divisória, seus acúleos servem de empecilho para os atravessadores.
Outros usos
A árvore é utilizada no sombreamento de cacaueiros.
Sua casca produz uma tintura amarela e tem propriedade tânica.
Suas flores são alimentícias, quer cruas ou cozidas. Maceradas produzem uma tinta amarelo-avermelhada boa para tingir panos.
Fabrica-se com as sementes colares, pulseiras, brincos, etc.




PAU-FERRO
      Nome Popular: Pau-ferro, Jacá, Ibirá-Obi, Imirá-Itá, Jucá, Pau-ferro-do-ceará, Jucaína, Icainha, Muiarobi, Muiré-itá
     Família: Fabaceae
      Divisão: Angiosperma
Classificação taxonômica:Reino Plantae
Regiões de existência: do Sudeste ao Nordeste do Brasil nas florestas pluviais de encosta atlântica (floresta ombrófila densa)
Características morfológicas: A copa é arredondada e ampla, com cerca de 6 a 12 metros de diâmeto. O porte é imponente, atingindo de 20 a 30 metros de altura. O tronco apresenta 50 a 80 cm de diâmetro. Ele é claro, marmorizado, liso e descamante.  As flores são amarelas, pequenas. Os frutos são vagens duras que amadurecem no inverno. Parte dos frutos cai, enquanto que uma boa parte ainda permanece na planta, formando um banco de sementes aéreo.
Utilidades: é muito utilizado para o paisagismo por suas características ornamentais e de sombreamento. Serve também para arborização urbana , já que suas raízes não são agressivas, mas em compensação deve-se evitar o plantio em lugares com fiação,pois suas folhas e galhos tendem a cair sob tempestade. Seu caule por ser possui madeira dura, densa, durável e resistente, de excelente qualidade para a fabricação de violões e violinos, e para construção civil, na construção de vigas e esteios.



CARAIBEIRA

Nomes populares: craibeira, para-tudo, caraibeira, caroba-do-campo, cinco-em-uma, ipê-amarelo-do-cerrado.
Família: Bignoniaceae.
Divisão: Angiosperma
Classificação taxonômica:Reino Plantae
Regiões de existência: regiões semi-aridas, principalmente no Nordeste; na Caatinga ocorre em terrenos localizados nos vales de rios e riachos
Características morfológicas: Árvore com altura de 12,00m à 20,00m. Tem casca grossa com tronco tortuoso de 30 à 40 cm de diâmetro. A madeira é moderamente dura, textura média, grã irregular, extremamente flexível de baixa resistência ao apodrecimento
Utilidades: É uma árvore ornamental, tem também a madeira utilizada na construção civil. É usada na confecção de artigos esportivos, móveis, réguas flexíveis, peças curvadas


AROEIRA

Nome populares:aroeira-do-sertao, aroeira-do-campo,aroeira-da-serra,urundeúva,arindeúva
Família:Anacardiaceae
Classificação Taxonômica: Reino Plantae
Regiões de existência: é nativa da caatinga e do cerrado, desde o Ceará até o estado do Paraná e Mato Grosso do Sul. É mais freqüente no nordeste do país, oeste dos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo e sul dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Encontrada também na Argentina, Paraguai e Bolívia.
Características morfológicas: Altura de seis a catorze metros no cerrado e caatinga e até vinte a vinte e cinco metros em solos mais férteis da floresta latifoliada semidecídua, com tronco de cincoenta 
a oitenta centímetros de diâmetro. 
Utilidades:A madeira da urundeúva é usada em dormentes de linhas férreas, postes e na construção.